sexta-feira, 10 de agosto de 2012

DIGNIDADE E RESPEITO HUMANO NA VIDA PÚBLICA E PRIVADA


O que faz um Congressista? O que faz o poder Executivo? O que faz o poder Judiciário? Eleições municipais vêm aí. Os candidatos das grandes capitais se acotovelam em busca de um lugar no poder Executivo e Legislativo. Lugar esse que dá status, mas que tão logo conquistam no ‘voto democrático’ o transformam em cadeira cativa. Eles passam a ser seus próprios legisladores e patrões. O exemplo é seguido a nível nacional, acarretando um gasto exorbitante para sustentar todos esses ‘funcionários’ privilegiados, muitos deles vivendo um jogo político desgastante e provocativo, pouco democrático.
Quem pode e deve tomar a iniciativa para reverter essa situação de desrespeito gritante para com o país e seus cidadãos?
Reformas! É isso que precisamos com urgência para que o discurso eleitoreiro do palanque e a prática se harmonizem, e a justiça social, a dignidade e o respeito humano não se percam no imbróglio das promessas de palanque.
Os temas abordados, naturalmente passam por assuntos como: violência, drogas, crime organizado, obras superfaturadas, educação, minorias, caixa dois, etc. Não faltará a baixaria na ordem do dia em algumas campanhas. Como se isso fosse fazer política!
Falta um projeto nacional que tenha sequência independente de quem quer que seja eleito. E naturalmente falta também moralização do trato com a coisa pública por parte dos respectivos mandatários.
Falta também formação adequada a muitos representantes em todos os níveis para ocuparem os cargos, seja o de simples funcionários aos que ocupam os altos escalões da República. Daí as medidas lunáticas que aprovam temas como o das cotas nas Universidades Federais para alunos oriundos das escolas públicas. 50% (!) das vagas – sendo 25 % para alunos provenientes de famílias com renda até 1,5 salários mínimos, e os outros 25 % segundo a cor da pele... E depois falam de boca cheia contra discriminação. Com o já baixíssimo nível de conhecimentos que os alunos universitários (38% não dominam a língua pátria) – a partir de agora os alunos que forem admitidos a essas vagas já garantidas, não terão nenhum compromisso com o seu desempenho escolar. Ou seja, o absurdo tornado lei: - democratização da ignorância e rebaixamento ainda mais o nível do ensino universitário.
Pergunto: - Foram os senhores políticos eleitos para desempenhar esse triste papel?
O professor já sacrificado será mais uma vez coagido a aprovar usando aquele sistema burro do ‘marque um “X”, ou: assinale “Verdadeiro – Falso" – ou ainda: - deixe em branco, pois uma pergunta errada anula uma certa (!) e não vale a pena o chute...
Quando ouvimos discursos em defesa dos direitos humanos, ou falando do que seja dignidade humana, percebemos que muitos ignoram o verdadeiro sentido das palavras que estão usando. Por exemplo, dizer que um viciado em drogas tem que ser deixado viver como quiser porque “é um imperativo da autodeterminação do sujeito e da dignidade humana base da ordem democrática” (palavras da defensora pública Daniela Skromov - SP) é algo além da imaginação! Desde quando, autodestruir-se pelo vício da droga é algo que pode ser considerado um ‘imperativo’ que garante dignidade? O que será que significa dignidade para ela? Por falar em drogas, nossos vizinhos Uruguaios estão para aprovar a estatização da maconha com o plantio, distribuição estatal!!! Se a moda pega...
Dizem que a história se repete. Infelizmente pelo lado pior. No passado a civilização sofreu com drogas, com mau uso do conhecimento, e também com o abuso do poder. Pobreza de espírito, ambição desmedida e falta de dignidade foram as causas das mazelas do passado com também o são hoje.
É preciso aprender a respeitar para ser respeitado. E o respeito tem começar consigo próprio.
Perguntamos no início o que faz um parlamentar. Quem admira a qualidade de vida na Suécia, por exemplo, ignora como é o governo de lá e como trabalham seus parlamentares. Os nossos políticos deveriam mirar-se neles e seguir-lhes o exemplo de trabalho, honestidade  e sobriedade.
 Dignidade = decência, decoro, autoridade moral, respeito por si próprio, honestidade, ter brio (vergonha na cara!) -  Válida para o cidadão comum e para todos os que exercem algum cargo público.

“Os pobres de espírito têm também necessidade de ajuda, mas poderão atacá-lo se você os ajudar. Ajude mesmo assim.” (Madre Teresa)

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

GIRO RÁPIDO PELO NOTICIÁRIO


Giro rápido pelo noticiário do país das maravilhas – Brasil:
- Corre na justiça um consistente processo que tenta chamar à responsabilidade os autores da maior apropriação de recursos públicos em prol de pessoas inescrupulosas ligadas ao poder. É só “Caixa 2 – dos políticos... só isso...” - dizem os culpados apanhados com a boca na botija.
Novas eleições estão em curso. E os recursos que deverão ser gastos pelos políticos vão se transformar em poluição sonora, visual e lixo. Aliás, já há até a “Turma do Lixo” – (do PT) - preparada para sair catando os santinhos que os candidatos deixarem para trás.
- Parece que temos no país um “ouvidor geral” para atender as queixas dos descontentes. Trata-se do ex-presidente lula, que apesar de não ser mais chefe de estado vem sendo procurado por: A) os dirigentes sindicais para se queixar da presidenta Dilma; B) a presidenta, por sua vez falou mal das centrais sindicais no recente encontro dom ele; e, C) boa parte do empresariado que tem procurado o ex-presidente se queixa dos dirigentes de estatais ou de empresas nas quais o governo tem participação – como a Vale. - Hay gobierno?
Outro assunto interno muito grave é o das greves. A onda de greves que se espalhou pelo país de norte a sul e de leste a oeste não é um bom sinal e afronta a Democracia. Algo vai mal na República. Um país que tem por lema “Ordem e Progresso” em sua Bandeira precisa repensar a forma de conduzir a Nação.
- Uma vergonha o desaparecimento das arrecadações feitas em prol da Cruz Vermelha no Brasil!!
- O repensar passa pela educação que mais uma vez está sendo maquiada com a interferência de cima para baixo quando aprova cotas nas Universidades federais. Não adianta a burocracia tentar esconder a feiúra do baixo nível do ensino básico empurrando alunos para dentro das universidades só porque pertencem a este ou aquele grupo étnico ou social. O conhecimento é que deve ser o parâmetro para entrar em uma Universidade.
- Olimpíada – os atletas do Brasil não estão mostrando o que se esperava deles. Foi muita propaganda, muita expectativa e pouco empenho dos atletas, ou falta de sorte? – Aliás, já dei minha opinião sobre a impressão que me causou a festa da abertura. Bem. Competir é importante, mostrar resultados também.  Aprender com os erros faz parte. Exorcizar os fantasmas é preciso.
O tal jeitinho brasileiro pode ser até folclórico, mas não resolve os problemas estruturais que se enfrenta no momento. Seriedade em primeiro lugar. Aquela frase de uma música do Chico “Vai trabalhar vagabundo...” cabe aqui com todas as letras.

Pensamento: “A Lei de Deus vista de maneira positiva faz bem à alma”-  (H. J. Brookke).

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

OS DONOS DO PODER E O JULGAMENTO DO 'MENSALÃO'


Temos no país uma ‘classe’ cujas origens vêm lá do passado quando o governo português ditava as regras. São os ‘donos do poder’ onde alguns poucos usam o Estado em benefício próprio. É uma minoria, mas que consegue fazer um estrago astronômico em nível de sociedade. Isso está tão arraigado na cultura política brasileira que já extravasou  de há muito. O comportamento desse pequeno grupo, que não representa o perfil do cidadão sério, honesto, trabalhador, está em julgamento. Não é sem tempo. É necessário mudar os rumos antes que se transforme em um novo padrão de comportamento moral.
Assistimos a uma tentativa dos advogados de defesa de provar que, no caso do ‘Mensalão’ – em julgamento no STF – que os réus não tem culpa de nada. Chegaram a afirmar que não existem provas, e que, portanto o crime não ocorreu.
A técnica usada pelo grupo foi a da ação coletiva (quadrilha) onde a culpa se dilui.  A individualização torna-se difícil, mas não impossível. O grupo como um todo deve ser responsabilizado, pois como subordinados ao esquema não eram faltos de inteligência e não consta terem sido coagidos para agir como agiram.
- Obedeciam a ordens superiores? – Foram coniventes com o esquema? – para que serve o livre arbítrio e o senso de dignidade e respeito por si e pelo próximo?
O impossível aconteceu? É o que os advogados de defesa tentam impingir à opinião pública: – Crime sem autores; crime sem criminosos, apesar de admitirem o uso de quantias tão elevadas que foi preciso, por mais de uma vez, até o uso de carro-forte, para o transporte dos valores.
Se foi ‘só Caixa 2 de campanhas políticas’ como alegam, para minimizar a culpa, e portanto um crime menor(!), cometeram uma  vergonhosa apropriação de valores públicos em benefício de candidatos, que se realmente fossem tão bons como mostram nas propagandas eleitorais, não precisariam de tanta exibição.
Por que não movimentaram os valores com cheques, transferências normais de conta a conta? – Ah! Aí ficavam as provas...
O passa repassa de responsabilidades pelo conjunto de safadezas praticadas em grupo em questão visa unicamente confundir e ganhar tempo.  Tudo já está comprovado. Não são meras suposições como certo jornalismo da atualidade insiste em falar.
O patético papel dos advogados de defesa faz parte do jogo. Paciência. A palavra final será do Supremo. Confiamos que Justiça seja feita e que marque o início de um novo direcionamento na conduta ética e moral dos políticos e homens públicos do país.
Lembremo-nos dos três “Rs”:
- Respeito por si próprio;
- Respeito pelos outros;
- Responsabilidade por todos seus atos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A CONQUISTA DO ESPAÇO: TERRA - LUA - MARTE - CÉU!


‘Curiosity’ tem pouso perfeito em Marte! E, dona Curiosidade chegou antes. O trabalho científico que será desenvolvido no vizinho planeta vermelho visa descobrir se há alguma forma de vida por lá – e, se possível, preparar terreno para uma visita do homem...
Esta é a mais recente façanha do homem na conquista espacial: - a chegada de um robô ao planeta vermelho – Marte. O que encontraremos lá? Marcianos, ou talvez algum remanescente dos antigos deuses que abandonaram a Terra há tempos, e que guerreavam e também morriam...
Muitas são as histórias contadas e recontadas sobre o mundo  que nos cerca. Suas origens. A curiosidade é infinita como infinito é o Universo e, por tabela, a ignorância humana. - Quem sou? - De onde venho? Para onde vou? - DEUS, Elhoin, Deuses... deuses pés de barro. Quem é quem nesse emaranhado de informações que povoam o imaginário e sustentam a crença e a fé dos homens? A chegada a Marte certamente vai levantar mais hipóteses sobre  a polêmica origem do homem no planeta Terra. O comportamento do ser humano tem sido o do ‘prisioneiro’ querendo escapar...
O homem de ciência busca as origens no espaço. Quer respostas concretas. O Astrofísico norte-americano, Carl Sagan questionava a visão tradicional de Deus. Contrariamente ao estereótipo do cientista ateu e avesso às crenças religiosas, Sagan respeitava todas as religiões e refletia sobre os limites da ciência. Para ele a probabilidade de alguma forma de inteligência superior existir é muito grande, e nada tem a ver com aquela figura do Senhor de barba branca sentado em um trono no céu. Ele acreditava que nossa maior esperança de preservar a essência prodigiosa da vida em nosso mundo era abraçar de verdade as revelações da ciência. "Cada um de nós é, na perspectiva cósmica, precioso", escreveu ele em seu livro Cosmos. "Se um ser humano discordar de você, não se importe. Em 100 bilhões de galáxias você não encontrará outro." Para ele, éramos "material estelar refletindo sobre as estrelas; montagens organizadas de 10 bilhões de bilhões de bilhões de átomos pensando na evolução dos átomos; rastreando a longa jornada pela qual, pelo menos aqui, a consciência surgiu" – e, não mero barro fracassado de em Criador frustrado... Para ele a ciência era, em parte, uma espécie de "adoração informada". Nenhum passo na busca pelo esclarecimento deveria ser considerado sagrado, só a procura.
Marte, em sua maior aproximação da Terra, tem proporcionado um espetáculo à parte nas límpidas madrugadas tropicais. Não deixa de ser um atrativo para quem sonha com a existência de outros possíveis seres inteligentes nessa imensidão repleta de ‘nada’ – e ‘NADA’ é o que preenche o Universo. E no meio do nada é que surgem as coisas mais inesperadas, como por exemplo, a Vida!
A busca pela vida se justifica. Ela é a razão suficiente para continuar a busca. E o conselho de Carl Sagan é: “Então não pare”.

domingo, 5 de agosto de 2012

NATURA 'IN' MEDITAÇÃO


Caminho pelos campos.
A imensidão calma envolve a tarde de verão.
Majestosas palmeiras orlam o horizonte –
Horizonte rubro, violáceo, multicolorido...
É o sol que se despede acenando para o dia que se vai.
Caminho pelos campos. Tudo é belo.
As primeiras aves noturnas ensaiam seus vôos rasantes.
Respiro fundo e paro em reverência à imensidão azul anil
Que começa a cravejar de dourado cintilante.
Fico alguns momentos - ou uma eternidade –
O lindo céu a admirar.
Sou nada na imensidão orlada de palmeiras,
cintilante de estrelas
e de pirilampos a festejar.
Estremeço.
Volto a caminhar envolta em pensamentos e sonhos;
As primeiras sombras da noite avançam.
Lá no alto, a Lua enciumada, de olhar maroto, espia.
Ela assiste ao por do sol e a noite que está a chegar.
Volto a caminhar no meio da solidão que tudo envolve:
- Eu e o mundo! Eu, só, a caminhar em busca de algo...
Noite serena, convida a meditação.
A mente se povoa de lendas criadas pelos homens,
Alimentadas pela imaginação,
Transformadas em realidades pelo destino irônico,
Que traçou um plano cruzando destinos;
Talvez para demonstrar o poder de uma criação mental...
Apresso o passo em busca do meu sonho sonhado em tardes de verão.
Encontro sombras esguias a orlar o horizonte
- há pouco rubro, violáceo, multicolorido –
Onde altaneira começa a reinar o brilho da Lua
querendo a mensagem das estrelas apagar;
A mensagem que eu preciso decifrar!
(Piraju – 19-06-1977)

sábado, 4 de agosto de 2012

OS 'MENSALEIROS' E A FRAUDE CONTRA A DEMOCRACIA


Quantos e quais os crimes cometidos por ‘mensaleiros’(ou não) vem sendo praticados sistematicamente no país que se orgulha de ter conquistado a Democracia... Infelizmente o que está em evidência é que os que hoje estão afrontando a Nação brasileira com a prática do vale tudo para se beneficiar com os recursos públicos, são os mesmos que se vangloriam de ter lutado contra uma ditadura. Alegam, sem o menor escrúpulo, de que o dinheiro de que se beneficiaram era Caixa 2, dinheiro não contabilizado, etc. Vocês sabiam que para elegerem o presidente Lula, por exemplo, foram gastos R$284 milhões de reais! E, naturalmente os outros cargos eletivos custaram cada um a nível nacional milhões e milhões de reais gastos com propaganda para vender a imagem de candidatos maquiados e com discurso escrito por terceiros – poluindo com os carros de som, santinhos, outdoors, horário na TV, nas Rádios, na rede... e por aí vai o abuso com o dinheiro público que deveria estar sendo usado para a educação, saúde, obras de infra-estrutura viária, etc., etc.
Num debate sobre se os ‘mensaleiros’ devem ir para a cadeia e trabalhar para pagar as despesas que o Estado tem para sustentar cada preso, um dos participantes argumentou que eles não sabem fazer nada (!) por isso mesmo é que são políticos e defendem com unhas e dentes seus cargos.
Naturalmente a pessoa que fez tal observação se esqueceu que todos podem e devem aprender uma profissão que os mantenha distantes dos cofres públicos, aproveitando suas tendências naturais – por exemplo: eles gostam de sombra e água fresca? – ficariam bem trabalhando em um quiosque vendendo água de coco. Todos gostam de viajar, bons restaurantes, carrões? – há inúmeras profissões afins. Mas, antes devem devolver em dobro o dinheiro indevidamente usado em benefício próprio.
Muito interessante quando um político diz que está ali por vontade do povo... Com o tipo de eleições e o controle que eles têm sobre os partidos e o processo eleitoral, na verdade eles estão ali alegremente por vontade e satisfação pessoal. Será que, se não houvesse as mordomias que eles se atribuem, eles aceitariam o cargo que ocupam por décadas?
A reforma política ideal é aquele onde os representantes do povo exerçam o cargo como V-o-l-u-n-t-á-r-i-o-s por um tempo limitado.
Os nossos políticos deveriam espelhar-se em modelos como o da Suécia onde os cargos são exercidos por pessoas voltadas realmente para o trabalho em prol da comunidade e da Nação. Competência, sobriedade, respeito e responsabilidade é o mínimo que se espera de um representante do povo.
A próxima eleição não vai fugir a regra onde os marqueteiros tentarão faturar alto vendendo um produto: o candidato! 
Ficha limpa é pouco. É preciso limpar a política nacional e criar uma nova mentalidade nacional. Os políticos fraudadores da democracia precisam de um corretivo a altura das transgressões cometidas.
O julgamento dos envolvidos no que se convencionou chamar de ‘Mensalão’ vem despertando a atenção do público. Isso é bom na medida em que as pessoas vão aprendendo que democracia não é essa falta de respeito generalizada dos últimos anos praticada por grupos de pessoas que se associaram para se beneficiar de recursos públicos. Eles praticaram um conjunto de crimes como: corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, formação de quadrilha, evasão de divisas, lavagem de dinheiro – todos tipificados no Código Penal Brasileiro. O julgamento deverá ser técnico, mas não deixa de ser político, pois foi praticado por políticos filiados a partidos visando um projeto de poder totalitário conforme indícios. Os réus não podem alegar ignorância da lei. E muito menos os políticos. Todos são maiores de idade e pressupõe-se que sabiam muito bem o que estavam fazendo.
Aqueles que de uma forma ou outra estão envolvidos na prática desrespeitosa e criminosa no uso de recursos públicos merece, sim, ser punidos democraticamente. E não me venham falar em ‘direitos humanos’ e se fazer de vítimas.
A frase: - “Todos os que têm barbas, usem calças curtas” – indica que quando as coisas não vão bem num país, os dirigentes devem voltar à escola para aprender as verdadeiras regras democráticas.
Parece que muitos dos nossos políticos estão bem precisados desse tratamento disciplinar.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

REDAÇÃO NO VESTIBULAR - O DRAMA DOS ALUNOS


O ENEM está lançando um guia sobre a redação do ENEM-2012. Redação que pede aluno engajado, que espera alunos com um entendimento crítico e não apenas apresentem um bom texto.
Ótimo! Porém não nos esqueçamos da baixa qualidade do ensino e do tipo de leitura que circula nos colégios e cursinhos.
Em primeiro lugar os alunos não têm domínio da língua pátria por conta da deficiência do sistema educacional. Aí já eles encontram o primeiro entrave para a avaliação da redação. Recente comentário de um professor universitário incluía a necessidade de aulas de reforço aos alunos, antes de ingressarem na Universidade, devido não só a falhas no sistema educacional, mas também pela diversidade de origens dos respectivos alunos. Isso ajudaria a vencer grande barreira – escrever correto e o entendimento de textos.
Segundo o guia haverá destaque para temas envolvendo questões sociais, participação popular e regras de convivência em grupo. Espera que o aluno não só aponte os problemas, mas que apresente soluções ou caminhos para solucioná-los respeitando os direitos humanos. Descarta por exemplo, que o aluno em sua redação faça cobranças dos outros, mas que também assuma responsabilidades perante o problema apontado. É verdade que atualmente graças aos noticiários televisivos, e ao uso da internet, os jovens têm acesso a um sem número de informações; porém, justamente a imprensa tem sido portadora de uma avalanche de informações sem muito critério. Distorções sobre certos assuntos, declarações contraditórias sempre ocorrem, e os jovens ainda não têm maturidade suficiente para discernir e decifrar o emaranhado do discurso apresentado muitas vezes em tom tendencioso.
Na vida tudo está relacionado entre si. O processo de assimilação dessa relação tem que ser cultivado desde cedo. E cada aluno tem sua vivência dentro de realidades próprias.
Certa vez assumi o compromisso de fazer um aluno vencer a dificuldade de fazer redações simples. O garoto era um tagarela. Tinha um bom vocabulário, mas na hora de escrever se perdia. Aproveitei o tema de sua preferência – a fazenda do pai – e sugeri que escrevesse o que ele tinha tanta facilidade para me relatar. Não saiu nada. Sugeri que lesse um capítulo do livro - “Caçadas de Pedrinho” – (Monteiro Lobato) e depois contasse com as palavras dele. Ele não gostava de ler, mas aceitou a tarefa. Começou a entender que escrever é como conversar... Na terceira tentativa acertou. O texto tinha começo, meio, fim. Entusiasmado não parou mais de ler. Aprendeu a usar o Dicionário para melhorar o vocabulário e ter sempre uma alternativa quando uma palavra lhe fugia da memória. Resultado: tornou-se um ótimo aluno em todas as disciplinas.
Leitura de bons livros é de que necessitam nossos alunos e praticar criando textos novos onde eles podem expressar seus pensamentos sem medo de errar. Parece incrível, mas conheci jornalistas incapazes de escrever um texto simples!
Em resumo: escrever é o mesmo que conversar. Numa prova de redação, a nosso ver, o mais importante é o domínio da linguagem escrita correta; a seguir temos a coordenação do texto; o conteúdo informativo está implícito no contexto; e a opinião pessoal pode ser usada como uma finalização do texto.
Uma técnica para se escrever sem perder o foco é selecionar palavras chaves que darão a orientação geral do texto. Ampliar o vocabulário consultando sempre o Dicionário. A língua pátria é rica em termos e expressões de várias origens o que, se bem aproveitado, pode resultar em um texto que vai refletir melhor o nível do aluno. Praticar, praticar, praticar... Sem medo de errar. Os erros devem ser corrigidos tantas vezes quantas forem necessárias. É o que manda a boa e velha didática.