terça-feira, 17 de dezembro de 2013

PROMESSAS POLITICAS SÃO PROMESSAS E NADA MAIS. SOLUÇÕES PRÁTICAS PARA OS PROBLEMAS URBANOS EXISTEM, MAS FALTA CAPACIDADE ADMINISTRATIVA E VONTADE POLITICA.


As grandes metrópoles sofrem com o caos do trânsito, da habitação, da saúde, do saneamento básico, da educação, da moradia, etc. Nenhuma novidade. Entra ano, sai ano, eleições são realizadas e os políticos continuam no palanque e as campanhas políticas continuam  e os problemas também continuam per secula seculorum...
Esperar o quê? Não consigo acreditar mais em palavra de político em eterna campanha. Saturou. Enquanto houver políticos desconectados com as necessidades urbanas e incapazes de reordenar o caos que eles ajudaram a criar, nada vai mudar. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Brasília, e todas as grandes cidades brasileiras sofrem  pela ocupação desordenada seguida de medidas adotadas por políticos incompetentes e sem visão. Foi o caso do Rio de Janeiro e a ocupação dos morros. Ouvi o então governador Leonel Brizola dizer que, em vez de retirar os moradores dos morros ocupados de forma irregular, preferiu levar algum conforto ao local construindo escadas de acesso e valas de escoamento das águas pluviais. Se os morros tivessem sido preservados e os poucos moradores da época encaminhados para outras áreas, certamente o tamanho dos problemas (violência, tráfico de drogas, desastres naturais, etc.) que o Rio enfrenta hoje teria sido minimizado. Esse é apenas um exemplo. O esvaziamento do campo – êxodo rural – a atração das cidades, mais a incompetência dos políticos só poderia resultar em  megalópoles caóticas.
Soluções existem e são simples. Mas, na onda dos direitos de das liberdades, todos colaboram para colocar a corda no próprio pescoço. A começar pelo eleitor que já sofre de um bloqueio que o impede de raciocinar. Sentou o traseiro como se dissesse: – ‘dá-me pão e chama-me de tonto’.

Transporte coletivo – A circulação de pessoas para poder trabalhar, estudar, exige um transporte de massa de qualidade. Os corredores de ônibus que começam a infernizar a vida de todas as capitais desorganizando o que já funcionava, esquecendo que ‘dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo’ são a mais nova façanha dos políticos para tornar a vida de todos num caos.
O numero de carros circulando pelas avenidas e vias paralelas nas grandes cidades prova que a administração pública falhou – por razões políticas – na implantação de um transporte coletivo que realmente atenda aos cidadãos. Corredores de ônibus que insistem em implantar só prejudicam o transito e o comércio local desorganizando a vida de muitas pessoas. Cobre um santo e descobre outro.
Por falar em corredores de ônibus, lembrei de um detalhe que observei há anos em Córdoba – Argentina. Talvez não usem mais, mas foi interessante ver a solução criativa adotada para não prejudicar o comércio em largas avenidas onde circulavam os coletivos. Os ônibus dessas linhas tinham duas portas dianteiras: uma a direita do motorista e a outra à esquerda, atrás do banco do motorista. Ambas serviam para embarque e desembarque dos passageiros sendo que havia pontos alternados, ora a direita, ora a esquerda nas laterais da avenida, ou nas ilhas centrais.  Os usuários optavam de acordo com seus interesses evitando a travessia de faixas de pedestres, pois tinham a opção de descer de um lado ou do outro da avenida. Em pleno centro movimentado o ônibus parecia um coletivo familiar onde motorista e passageiros interagiam de forma bem humorada. Foi uma experiência interessante. Aí fica a sugestão e a informação.

Táxis – lotação – A todo o momento recomendam que o cidadão deixe seu carro em casa; como não há opção melhor ele continua usando o carro que já foi símbolo de status e hoje é dor de cabeça e prejuízo no bolso. Nos anos 60, na cidade de São Paulo havia um sistema de táxis-lotação para 4 pessoas, onde o usuário pagava o trecho percorrido. Cada linha era dividida em módulos. Ex. Aeroporto – Praça da Árvore – Estação de Bondes (Vila Mariana) – Praça da Sé / Largo São Francisco. Tudo muito prático e eficiente, pois atendia vários passageiros durante o percurso.

A reorganização dos espaços urbanos é indispensável e isso é de competência do governo criar políticas mais eficientes para serem executadas por alguém com capacidade administrativa.  Basta de promessas que jamais sairão do papel.