São recorrentes as
recomendações da necessidade de leitura para melhorar a educação no país. Há
quem diga com todas as palavras que esta deve ser obrigatória e um dever do
Estado para que todos tenham acesso à informação.
Diante de tantas
notícias – ora biografias não autorizadas, ora dossiês de cunho político, ora
as manifestações violentas de torcidas organizadas (?), Black bloc, etc., direcionando
os cidadãos para que assimilem o que lhes querem impor através dos meios de
comunicação, é um alívio ver que, finalmente, começa a ser apresentada a
verdadeira história dos bastidores dos últimos anos.
Historiadores e
testemunhas da história recente contam o que sabem, dando oportunidade ao leitor
conhecer a verdade, dita com todas as palavras. A moralização da vida pública
precisa dessa contribuição valiosa. O exemplo vem de cima, e o que vemos nas
ruas e estádios, por exemplo, é nada mais que o reflexo do que se passa no
poder.
Estamos nos
referindo ao livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado”,
publicado pela Editora Topbooks (557 págs.) - lançado pelo senhor Romeu Tuma
Junior, filho de Romeu Tuma e secretário nacional de Justiça do governo Lula
entre 2007 e 2010. O trabalho é o resultado de um depoimento prestado ao longo
de dois anos ao jornalista Cláudio Tognolli. Ele revela como a máquina petista
produz e manda investigar dossiês apócrifos contra adversários políticos e como protege seus aliados.
produz e manda investigar dossiês apócrifos contra adversários políticos e como protege seus aliados.
Os episódios relatados trazem à luz do dia, por exemplo,
pressões exercidas por ministros decididos a transformar em instrumento
eleitoral informações sigilosas, a fábrica clandestina de dossiês cafajestes instalada
nos porões de um Ministério, a movimentação de figurões envolvidos na operação
destinada a sepultar os reais motivos do assassinato de Celso Daniel, além de
detalhes do gigantesco esquema de escutas telefônicas ilegais que não pouparam
sequer a cúpula de um dos três Poderes.
Acompanhamos por muitos anos, através do ‘ouvi dizer’, o
que agora está sendo publicado com assinatura e testemunho de quem conheceu de
perto os fatos. É um alívio saber que
finalmente chega ao publico a verdade sufocada por pessoas que não poupam
esforços para demonizar quem se lhes opõe, e não tem escrúpulos em eliminar os
desafetos. Parece que a sanha de desenterrar o passado pela comissão da verdade
provocou um efeito cascata. O livro representa a certeza de que nada fica
oculto e que não dá para enganar todos o tempo todo. A verdade sempre aparece. Nada de perder as esperanças, jovens!