Legalizar a
produção, comercialização e uso da maconha como o Uruguai acaba de fazer é uma
temeridade, além de violar acordos internacionais que regem o uso do produto
com finalidade exclusiva cientifica e médica. O acordo internacional que regula
o uso da droga foi assinado em 1961, por 150 países inclusive o Uruguai.
É sabido que a
maconha é uma droga que vicia e causa sérios malefícios à saúde, afeta o
funcionamento do cérebro e cria dependência. Sem dúvida é uma medida nociva à
sociedade em geral, não só aos usuários; temos que considerar que essa
liberação irá atrair a curiosidade dos jovens, como era em relação às bebidas
alcoólicas e ao cigarro, passando ao uso clandestino. É uma ilusão dizer que o
traficante vai desaparecer como num passe de mágica.
O presidente do
Uruguai alega que se não der certo ele volta atrás... Francamente. Falta de
vontade política em resolver os graves problemas do ensino nas escolas públicas
– hoje globalizado sob a denominação genérica de ‘Educação’. Dá trabalho
ensinar, mas funciona e é a melhor solução. A Escola atual é falha por conta da
burocratização que se perde em detalhes desde os conceitos filosófico-pedagógicos
da integração de currículos, à neurose de produzir estatísticas...
É preciso dar mais atenção
à formação ética, moral, cívica, despertando consciências e incutindo valores
na formação da personalidade e despertar a consciência de cidadão nos jovens em
idade escolar, além de ensinar conteúdos. Só assim teremos jovens cidadãos
capazes de enfrentar as tentações do uso de drogas, livrando-se de cair no
vício.
Infelizmente há
pessoas que ‘viajam’ achando que o uso de drogas é um direito do cidadão. Num debate
recente na TBC – programa Paulo Berings –
um dos participantes (não anotei o nome) justificou a existência de tantos
viciados em crack nas ruas porque ‘o
governo / estado não dispõe de locais adequados onde essas pessoas possam usar a droga...’ Ele não estava
preocupado com a solução do problema do vício, mas com o conforto do usuário para
continuar usando a droga.
Drogas, vícios e
usuários sempre existiram. O rapé, o cigarro, as bebidas alcoólicas, as drogas
de todos os níveis de agressividade para o organismo incluindo os medicamentos
de uso controlado são ameaças com as quais
não se pode negociar. A legalização não as torna menos nocivas. Regulamentações
não passam de embromação para não resolver o problema.