A vida é como uma
árvore que dá frutos o ano inteiro. Uns doces e saborosos; outros nem tanto.
Dizem que a vida é um Caminho com começo – meio – fim, sem volta. Ou que é uma
caixinha de surpresas da qual saltam pequenos gênios bons, alegres, marotos
para nos proporcionar a felicidade, e alguns mal humorados, zangados, abelhudos
mesmo, prontos para atrapalhar a vida.
A curiosidade pelo
amanhã acaba por nos remeter às lembranças do passado, numa espécie de mão
dupla da vida sempre presente. Acordar com uma música a martelar na cabeça é
comum; tanto pode ser uma bela sinfonia que nos transporta ao sétimo céu, ou
como uma canção nostálgica dos tempos de criança. São registros gravados em
nossa mente em alguma fase de nossa existência. Não importa quando. Na vida
tudo se repete e gosta de mimetizar temas.
O momento atual,
por exemplo, me remete ao tempo em que, nas tardes ensolaradas e quentes, costumava
ficar à janela a provocar os galos do terreiro até colocar em roda todos os
galos da redondeza a cantar de forma provocativa. Qualquer semelhança com o que
vai pelo mundo atual não é uma metáfora. Isto não é uma critica ao mundo da
informação como é conduzida atualmente; é apenas uma constatação. Alguém
provoca e as cabecinhas de fósforo pegam fogo.
Voltando à trilha
de lembranças – algumas recentes como o caso Snowden e da espionagem entre
governos e contra pessoas – sabe-se que é prática corrente tão antiga quanto a
humanidade é. Quem não foi espionado algum dia? Ainda escrevo minhas lembranças
sobre o assunto, como por exemplo, telefone grampeado, visita de espião
atrapalhado com gravador escondido, microfone aberto... Tirei de letra. Mas,
olhando para trás tudo parece irreal, de uma infantilidade sem conta. E quanto
à censura? Bem, recentemente tive 16 (dezesseis) resumos publicados em minha
página no Shvoong.com que foram retiradas por conta de palavras chaves, rastreadas,
que não passaram no crivo da internet. Reclamação feita, tudo esclarecido e os textos
voltaram para leitura.
Intolerância e
censura x espionagem e provocações políticas em todos os níveis e em todos os
tempos. Esse é o panorama do país e do mundo.
Impossível ignorar
a manipulação de comportamentos como vem sendo feita por pessoas de mentes
doentias que projetam seus melindres religiosos, ideológicos, étnico-culturais,
psicológicos, etc. – que tentam dominar e transformar o mundo à sua imagem e
semelhança.
Quando do alto da
colina o viajante consegue ter uma visão ampla do caminho a percorrer, fica
fácil prevenir-se das ciladas que ele esconde.
A trilha das
lembranças serve de guia para que não nos transformem numa espécie de cata-vento
que gira ao sabor de rajadas ora amenas, ora violentas, evitando assim cometer
erros. Os predadores e os espiões sempre existiram e estão à solta.
Mas nada de
neuroses. É só não se deixar comer aos pedacinhos! A palavra chave é mudança de
postura assumindo o controle do seu caminho.
2013 chega ao fim e
2014 chega com um calendário que promete mudanças. Que o Ano Novo seja o início
de um tempo novo onde tolerância, respeito e altruísmo caminhem juntos. Nada é
permanente. O importante em qualquer circunstância é alicerçar nossas vidas em
valores imutáveis que garantem ao cidadão tornar-se melhor, mais humano, mas
feliz. FELIZ ANO NOVO!